Nenhum lugar da Terra está livre de poluição luminosa por satélites



Há medida que crescemos e evoluímos o lixo que deixamos na Terra vai aumentando; no Espaço a situação não é muito diferente.

Os cientistas chegaram à conclusão de que não existe mais nenhum lugar no Planeta em que seja possível ver as estrelas sem poluição luminosa por satélites ou detritos espaciais. Estes objetos refletem a luz do sol e espalham-na.

Como refere a Science, já foi possível diminuir um quarto do brilho emitido pelos satélites, em relação aos primeiros protótipos, no entanto, existem dezenas de milhares de satélites no Espaço e muitos mais hão de ser lançados. “Mesmo nos locais mais escuros possíveis na Terra, o próprio céu tem um brilho natural na atmosfera superior de fontes como partículas ionizadas”.

John Barentine, um dos autores do estudo, adverte: “É um abrir de olhos. À medida que o espaço fica mais lotado, a magnitude desse efeito será apenas maior, não menor.”

De acordo com a investigação, estima-se que estes geram um aumento de 10% de brilho ao já existente no céu noturno – algo que, segundo os autores, “é o limite crítico adotado em 1979 pela União Astronómica Internacional para que o nível de poluição luminosa não seja ultrapassado nos locais de observatórios astronómicos”.

Quando os astrónomos investigam o Espaço e procuram galáxias precisam de se posicionar em locais o mais escuros possíveis, recorrendo a grandes telescópios e a técnicas de longa exposição. Neste caso a astrónoma Mireia Montes, do Space Telescope Science Institute, afirma que se o brilho for uniforme, não há problema, “Precisas apenas de investir mais tempo e as imagens acabam por ser mais caras”.





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