Níveis de mercúrio encontrados no atum estão a aumentar
Os níveis de mercúrio encontrados no atum pescado no Pacífico estão a aumentar 3,8% por ano de 1998 a 2008, de acordo com um estudo de Carl Lamborg, Marty Horgan e Paul Drevnick publicado no jornal Environmental Toxicology and Chemistry.
De acordo com os responsáveis, que analisaram dados relativos aos últimos 50 anos, os níveis de mercúrio em peixes encontrados no Oceano estão em linha com o impacto humano – e relacionado com o mercúrio – nestes locais.
Estes níveis de mercúrio – uma neurotoxina – estão a atingir situações que a EPA (agência de protecção ambiental norte-americana) consideram perigosas para consumo humano. “Surpreendentemente, o mercúrio apareceu também bastante longe das suas fontes típicas – desde lagos antigos na Escandinávia e nordeste da América do Norte”, explica Paul Drevnick.
Depois de muitos anos de pesquisa, os investigadores descobriram que, uma vez emitido por fontes naturais ou manipuladas pelo Homem, o mercúrio pode viajar, como gás, várias vezes à volta do globo, antes de cair sob a forma de chuva, pó ou neve. “Quando cai do céu e chega à água, pode ser apanhado pelos peixes”, continua o cientista.
Na verdade, tem havido uma falsa percepção de que os oceanos mais vastos, bem longe das principais fontes de poluição, são demasiado extensos para serem poluídos com mercúrio que cai da atmosfera. Porém, estes investigadores descobriram que as conclusões – que datam dos anos 70 – foram alicerçadas em dados falsos.
A verdade é que os dados relativos ao atum albacora pescado no Havai demonstram um aumento de mercúrio entre 1971, 1998 e 2008, devido a fontes antropogénicas de mercúrio que polui o Oceano e metilmercúrio que é produzido na coluna de água e, de seguida, se acumula nos peixes.
Foto: Vince Smith / Creative Commons