No Alqueva, o céu não brilha como nos outros lugares (com VÍDEOS)



O Alqueva é um lugar privilegiado para a observação nocturna dos astros: longe dos grandes centros urbanos, esta região alentejana permanece virgem no que toca à poluição – atmosférica e luminosa -, uma raridade nos tempos que correm.

Foi com este trunfo na manga que o luso-holandês Tiago Kalisvaart começou a idealizar a Rota Dark Sky Alqueva, um projecto que nos faz regressar ao tempo do homem do Neolítico, um profundo amante do céu e dos seus mistérios.

“Fazemos passeios ao luar, vamos ver as oliveiras milenares. Isto quando está lua cheia, caso contrário não podemos observar o céu profundo”, explicou Tiago ao Economia Verde.

Quando o céu está perfeito, a Dark Sky ensina os visitantes a perceberem melhor as constelações e, com a ajuda do telescópio, ver os planetas, astros ou nebulosas.

“Este é um local com pouca poluição luminosa, já de natureza, e o nosso objectivo é diminuir ainda mais esta poluição”, explicou ao Economia Verde Apolónia Rodrigues, da Genuineland. “O Alqueva não tem nuvens em, pelo menos, 286 noites por ano”.

O local tem mais de 3.000 quilómetros quadrados divididos entre seis municípios – desde 2008 que se realizam várias acções de fotografia de astros e passeios nocturnos. Agora, os investidores esperam chegar aos turistas alemães, dinamarqueses e norte-americanos, para que a região seja visitada e a economia local dinamiza.

A Dark Sky Alqueva é um destino certificado para a observação de astros e mais um local de excelência deste Alentejo que é cada vez mais uma das regiões mais atraentes da Europa – e por isso não deve ser estragada.

 





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