Número de espécies de aves em perigo atinge recorde máximo em 2013



Segundo a lista vermelha de espécies em perigo de 2013 da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa), o número de espécies de aves em perigo de extinção atingiu um novo máximo.

O número de espécies analisadas é de 10.065, das quais cerca de 130 pertencem à categoria “extintas”, quatro à “extintas na natureza”, 198 à “em perigo crítico”, 397 estão “em perigo”, 713 são “vulneráveis”, 888 estão “quase ameaçadas”, 7.675 são “pouco preocupantes” e 60 possuem “dados suficientes”.

Algumas das espécies que este ano passaram a integrar a categoria de “perigo crítico” são a Sarothrua ayresi, uma ave da família da galinha-d’água ou a emberiza aureola, uma espécie da família das escrevedeiras.

“Cerca de 200 espécies de aves apresentam actualmente um perigo real de se perderem para sempre”, afirma Leon Bennun, director de Ciência, Política e Informação da BirdLife Internacional. “A perda de habitat, as mudanças de agricultura, as espécies invasoras, as alterações climáticas são as principais ameaças. Se estes problemas não forem resolvidos, esta lista continuará a crescer dramaticamente”, sublinha o investigador num comunicado divulgado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA)

“Em perigo crítico” é a categoria máxima da lista vermelha da IUCN das espécies ameaçadas, que inclui as que estão em risco extremo de extinção na natureza.

A lista demonstra ainda que graças aos esforços da comunidade internacional algumas espécies de aves apresentaram melhorias no seu grau de conservação. Exemplo disso é o albatroz-de-sobrancelha.

A protecção do habitat e a reflorestação, estimulados pela necessidade de protecção das bacias hidrográficas, foram cruciais para a recuperação destas espécies. “Apesar de muita reflorestação ter envolvido árvores exóticas, a reabilitação dos ecossistemas foi iniciada em vários locais. Muitos destes locais foram vedados, para evitar a entrada de gado e madeireiros; foram retiradas as plantas exóticas; e foram plantadas espécies nativas, tudo isto acompanhado de uma sensibilização pública”, desta a SPEA.

“A lista vermelha deste ano é uma mistura de boas e más notícias, mas uma vez mais mostra como as equipas de conservação pelo mundo alcançaram o sucesso e salvaram espécies e evitaram extinções – e o compromisso com estes esforços precisam de ser alargados a uma escala mais abrangente”, destaca Bennun.

Foto:  M.Peinado / Creative Commons





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