O clima está a mudar no Ártico e a população de aranhas também



As alterações climáticas estão a gerar mudanças cada vez mais visíveis em todo o mundo, que além de afetarem o ser humano, afetam também outras espécies de animais e plantas. As regiões do Ártico têm registado temperaturas acima do normal, como é o caso da cidade Verkhoyansk na Sibéria, que segundo a Organização Meteorológica Mundial (WMO) registou no dia 20 de junho a temperatura mais quente no Círculo Polar Ártico, de 38 graus Celsius.

Um estudo feito entre 1996 e 2014, através do programa de monitorização da Estação de Pesquisa Zackenberg na Gronelândia, revela que o degelo está a impulsionar o nascimento de mais crias de Aranha-lobo (Pardosa glacialis).

Como o período de verão se tornou mais longo e há menos neve, a espécie passou a chocar dois sacos de ovos em vez de apenas um. Os cientistas acreditam que o crescimento de insetos no Ártico vai influenciar as cadeias alimentares no local.

Este acontecimento é incomum no Ártico, porém, é o resultado da adaptação da espécie às mudanças do clima. As próprias plantas também tendem a florescer mais cedo.

Toke Høye do Arctic Research Centre explicou ao The Independent “Agora podemos verificar que as mudanças na reprodução de espécies são um fator importante a incluir quando tentamos perceber como os ecossistemas do Ártico estão a reagir ao aumento das temperaturas no planeta.”





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