O contributo do resineiro e do pinhal-bravo na valorização da floresta e prevenção de incêndios



O Centro PINUS participou no dia 22 de outubro, “Dia do Resineiro”, no evento de homenagem à resinagem e ao pinhal-bravo promovido pela RESIPINUS – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina, em Arganil.

O evento contou com a participação do Centro PINUS, com as intervenções do Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino e dos autarcas dos municípios de Arganil, Proença-a-nova e Vieira do Minho e com a presença de resineiros de todo o país que “reforçaram o impacto positivo da resinagem na produção de riqueza e na criação de postos de trabalho, sobretudo nos territórios rurais”, sublinha o Centro PINUS em comunicado.

Segundo a mesma fonte, relembrou-se ainda, o contributo da extração sustentável da resina natural para a gestão ativa da floresta, “sendo para isso essencial a presença do resineiro, um dos guardiões do pinhal-bravo com atividade na floresta durante praticamente todo o ano, o que se traduz na redução da vegetação combustível e numa maior prevenção do risco de incêndio”. A Diretora Executiva do Centro PINUS, Susana Carneiro reforçou durante a sua apresentação as vantagens do aproveitamento deste recurso para o produtor florestal e para o resineiro, nomeadamente na obtenção de receitas anuais.

Já Paulo Pereira, da NBI – Natural Business Intelligence, caracterizou o potencial do pinhal para fornecer serviços do ecossistema, nomeadamente no sequestro de carbono e biodiversidade. A resina “tem numerosas aplicações no nosso dia-a-dia, como colas, tintas, vernizes e é, também, utilizada na cosmética, na indústria farmacêutica e alimentar”.

Pelo seu potencial sócio-económico e contributo para uma economia de baixo carbono, a resina natural é considerada um recurso estratégico de Bioeconomia Sustentável. É um dos sectores contemplados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que disponibiliza 33 milhões de euros para o apoio à atividade da resinagem e para uma maior capacitação do setor. O Consórcio Resina Natural RN21, que tem o Centro PINUS como um dos parceiros, encontra-se a desenvolver projetos de investigação na área da resina com base nos apoios deste programa nacional. Este consórcio é liderado pelo ForestWise – Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo e foi apresentado no evento por Carlos Fonseca, conclui o comunicado.





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