O frágil ecossistema de uma das borboletas mais raras do País (com VÍDEO)



Em 2006, a borboleta-azul do lameiro da Dona Libânia, que voa apenas entre Julho e Agosto, tinha 260 indivíduos no período do vôo. No ano passado, eram já 5.200 os indivíduos que passaram por esta magnífica paisagem da Serra do Alvão, Trás-os-Montes.

“Os cuidados passam por pensar o terreno, lá para Janeiro, e depois queimar”, explicou a proprietária do terreno ao Economia Verde

Segundo Paula Arnaldo, da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Minho), há vários tipos de cuidados a ter, sobretudo a gestão do ecossistema. “Esta gestão passa muito pela limpeza, nas alturas certas, do material vegetal. O pastoreio é fundamental porque enriquece a turfeira”, explicou a responsável.

A borboleta-azul é uma espécie frágil e com baixa tolerância a variações no ecossistema. Com um ciclo de vida único, precisa de condições ecológicas específicas para se reproduzir.

Nos períodos em que a borboleta está a fazer a postura na planta hospedeira, há que diminuir a pressão bovina, porque os animais alimentam-se dela e vão consumindo vários ovos. Outra condição essencial é a presença de formigas, que alimentam as larvas de nove a dez meses, até à fase adulta. É este conjunto de ligações que permite a sobrevivência da borboleta-azul.





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