O Instagram do século XIX (com FOTOS)
O Instagram é uma invenção moderna e decididamente uma das mais populares. Mas no tempo dos nossos bisavós e trisavós, os fotocromos eram o equivalente funcional. Este processo fotográfico combinava a tecnologia fotográfica mais recente da época e as técnicas de pintura dos grandes mestres para dar cor e naturalidade às imagens fotográficas.
O processo foi pioneiro nos Estados Unidos e estas fotografias de sonho foram compiladas pela primeira vez num volume chamado “An American Odyssey”, de Marc Walter e Sabine Arqué. O livro é uma amostra dos 100.000 fotocromos criados pela Detroit Photographic Company entre a formação da empresa, em 1888, e o seu fecho, em 1924, refere a Wired.
Estes fotocromos, resultado do processo fotocromático, são as imagens coloridas que resultam dos negativos das fotografias a preto e branco através da transferência directa de um negativo fotográfico para placas de impressão litográfica. O processo é uma variante fotográfica da cromolitografia, um termo generalista que se refere à litografia a cores.
Através deste processo, os detalhes da fotografia eram preservados, mas uma emotiva e ligeiramente artificial palete de cores era adicionada.
A Detroit Photographic Company popularizou o processo fotográfico e o Governo norte-americano chegou mesmo a aprovar uma lei que permitia que os postais de fotocromos fossem enviados por apenas um cêntimo em vez dos normais dois cêntimos de dólar.
Tal como todos os objectos, os fotocromos perderam força quando apareceu a película fotográfica a cores em 1907 e a Kodak tornou os instantâneos fotográficos a cores populares e acessíveis com o lançamento das câmaras Kodachrome em 1935.
O livro, de grande dimensões, tem um custo de €147 e foi editado pela Taschen. Contudo, deixamos-lhe aqui algumas da fotografias incluídas no livro.
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