Oliveira de Hospital: comunidade escolar espera até à Páscoa pela retirada do amianto



Os pais e alunos do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Hospital, no distrito de Coimbra, ameaçaram ontem fechar a sede da instituição se até à Páscoa não forem retiradas as placas de fibrocimento que ainda existem no estabelecimento escolar.

Segundo o Observador, dezenas de pais e alunos manifestaram-se ao início da manhã de ontem à porta da sede do agrupamento, muitos deles munidos de máscara, e exigiram a retirada das placas de fibrocimento, que contêm amianto, perigoso para a saúde pública.

“Há vários anos que andamos a lutar contra a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares pela remoção das placas, mas acontece que nunca as retiraram e a resposta que nos deram é que será feito quando houver dotação orçamental”, disse Ana Álvaro, presidente da Associação de Pais.

Segundo a responsável, este ano as coberturas de fibrocimento estão “muito degradadas, com fissuras, partidas, e todos sabem os seus malefícios do amianto e o Ministério da Educação não dá solução para este problema”, numa área que é frequentada diariamente por cerca de duas mil pessoas. A responsável adiantou ainda que, senão forem dadas respostas durante este período letivo, a Associação de Pais irá encerrar a escola.

Em declarações aos jornalistas, o director do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Hospital, Carlos Carvalheira, mostrou-se solidário com a manifestação e preocupado com a situação, salientando que tem pressionado o Ministério da Educação para a retirada das placas de fibrocimento.

“O que nos têm vindo a dizer é que, por falta de verba disponível, não foi possível retirar. Estamos a aguardar que, no mais curto espaço de tempo, sejam retiradas, tanto as dos passadiços como as coberturas de cinco pavilhões”, disse o responsável.

O diretor do Agrupamento lembrou ainda que há mais de três décadas existe amianto nos pavilhões e nos passadiços, nos quais foram retirados, há dois anos, 750 metros quadrados de coberturas de fibrocimento, dos 1.500 que existiam.

A retirada das placas de fibrocimento da sede do agrupamento representa um investimento que oscila entre os €400.000 e os €500.000.





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