Oposição da Inglaterra e República Checa às renováveis pode custar 500 mil empregos na Europa
Cerca de 500 mil empregos estarão em risco, na Europa, caso a Reino Unido e a República Checa (na foto, a capital Praga) continuarem a opor-se ao plano europeu para reduzir as emissões de CO2, baseado no desenvolvimento das energias renováveis. O plano estende-se até 2030.
Tanto britânicos como checos pretendem escolher a forma como podem reduzir as suas emissões de carbono – a ideia da União Europeia, porém, centra-se no aumento global da percentagem de energias renováveis.
Assim, Reino Unido e República Checo pretendem, por exemplo, garantir a redução de emissões de CO2 através de energia nuclear. Estas negociações decorrem desde a última Primavera, altura em que os países europeus começaram a pensar nos objectivos de combate às alterações climáticas para 2030 – o actual plano termina em 2020.
Ao invés do investimento nas renováveis, Reino Unido e República Checa querem um objectivo global de redução de emissões de CO2 – até 50% em relação aos números de 1990. “Precisamos uma abordagem tecnológica neutra, tendo em conta a forma como cada país vai atingir os seus objectivos… estabelecer um objectivo de energias renováveis ao nível da União Europeia é inflexível e desnecessário”, explicou o secretário de Estado britânico para a energia e clima, Ed Davey.
Porém, um relatório preliminar desenvolvido pela Comissão Europeia concluiu que incluir objectivos de eficiência energética e energias renováveis para a Europa ajudará a criar cerca de 568 mil empregos no Velho Continente até 2030.
Alemanha, Dinamarca, Áustria e Finlândia já se mostraram satisfeitas com estes novos objectivos – Reino Unido e República Checa estão a bloquear um consenso.
Foto: Moyan_Brenn / Creative Commons