Os arquitectos não sabem criar cidades, diz crítico de arquitectura do The New Yorker



O momento de extravagância que se vive na arquitectura actual tem levado os arquitectos a desaprender a forma como se criam ruas e cidade. Esta é a visão do crítico de arquitectura do The New Yorker, Paul Goldberger.

“Vivemos num momento em que o melhor convive com o pior. Somos capazes de construir prédios extraordinários, mas não sabemos organizar cidades e os seus edifícios mais comuns”, explicou o responsável, que acabou de lançar o livro “A Relevância da Arquitectura”.

Segundo Goldberger, os arquitectos serviram-se da visão do modernismo para desenhar edifícios-escultura, mas ignoraram as complexidades da malha urbana das metrópoles.

“Em boa parte do século XX pensámos nos prédios que ficam em primeiro plano, mas esquecemo-nos o pano de fundo. Temos arranha-céus e museus de arte, mas as ruas são mais importantes que os prédios”, continuou o responsável.

Um dos exemplos dados pelo crítico de arquitectura é, precisamente, Brasília, uma cidade feita como cenário. “É uma enorme colecção de belos objectos. Mas eles não compõem uma cidade real”, revelou.





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