Os esqueletos escondidos no solo das grandes cidades europeias



Os construtores das cidades mais velhas de Europa – a começar por algumas que são, paralelamente, as maiores, como Londres e Paris – já conhecem o ritual: a escavação para um novo edifício e infra-estrutura será adiada ou suspensa devido à grande quantidade de esqueletos enterrados no local.

Em Londres, cidade fundada no século I e construída em várias camadas, a construção de uma linha de alta velocidade descobriu recentemente mais de 3.000 esqueletos num antigo poço fúnebre de Bedlam, perto estação de Liverpool Street.

O poço fúnebre agora descoberto foi usado para enterrar as vítimas das várias pragas que assolaram a cidade ao longo dos séculos – incluindo a Grande Praga de 1665. Cerca de 350 aos depois, os arqueólogos esperam agora estudar a doença, retirando os esqueletos um por um e, claro, adiando a obra prevista.

De 1560 a 1730, estes poços eram utilizados pelos cidadãos sem recursos para serem enterrados na Igreja ou até cemitério – Bedlam era também um dos mais conhecidos asilos psiquiátricos da cidade.

Também em Londres, os trabalhos de construção do novo escritório da Bloomberg descobriram tantos artefactos que a empresa de media está a pensar em incorporar um museu para os colocar.

Paris, capital da França, tem um problema idêntico, admite o Quartz. Em Fevereiro, um supermercado em Réaumur-Sébastopol teve de fechar temporariamente devido à descoberta de 200 esqueletos, colocados em vários colunas, numa escavações interior.

A cidade tem até um grupo de exploradores urbanos que entra nos túneis subterrâneos da cidade com um único propósito: encontrar esqueletos e colocá-los em exposição na secção turística das catacumbas (na foto).

Foto: Carlos Castillo / Creative Commons





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