Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga pode evitar a emissão de mais de 500 toneladas de carbono
Quase um ano após o início do projeto, o PMEB “continua a impulsionar a transição para uma mobilidade mais sustentável, inclusiva e digital do concelho de Braga”. São já 38 as empresas e instituições signatárias que assumiram mais de 230 compromissos a ser implementados até o final de 2023. Promovida pelo BCSD Portugal e pela Câmara Municipal de Braga, a iniciativa surgiu na sequência do primeiro Relatório de Sustentabilidade do Município, em 2019, segundo o qual foi possível determinar que 65% das emissões eram oriundas da mobilidade, revelam as entidades em comunicado.
Segundo a mesma fonte, o PMEB “promove a descarbonização do município através de 29 medidas propostas, seja por via de ações que promovem a aquisição de veículos elétricos, a partilha de viagens, a utilização de transportes públicos, a adoção de uma mobilidade ativa (por exemplo, promoção do uso da bicicleta), a implementação de práticas para a gestão eficiente das rotas e, até, através de ações que promovem a diminuição do número de viagens, como a realização de reuniões remotas ou da adoção de um regime de teletrabalho/híbrido, entre outras”.
Serão mais de 10.000 os colaboradores impactados por esta medida que, através da redução das deslocações, “contribui para a diminuição do tráfego e da poluição atmosférica, permite que os munícipes poupem tempo nas suas deslocações diárias, e promove, no geral, uma maior qualidade de vida”.
Segundo João Meneses, Secretário-Geral do BCSD Portugal, “a transição energética é urgente e decisiva para um mundo melhor, e Portugal tem todas as condições para ser um exemplo inspirador no que toca a novas soluções de mobilidade. Mas, para tal, é necessário o envolvimento ativo e capilar dos municípios e das empresas. Essa é a razão de ser do PMEB.”
Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, afirma que “estando cientes da importância da mobilidade para a descarbonização do concelho, temos apostado no estabelecimento de parcerias e num portefólio de iniciativas que promovem a transição para uma mobilidade urbana sustentável e inteligente.”
Só através da aquisição de veículos elétricos, as 22 entidades signatárias do PMEB que se comprometeram com esta ação, e que operam nos mais diversos setores de atividade, desde a distribuição e transporte até à construção, indústria, agroalimentar, serviços, entre outros, “poderão evitar a emissão de 582 toneladas de CO2eq ao ano, o que implicará a substituição de, em média, 3% da frota”, explica o comunicado.
“Tomando como referência este universo, que corresponde a uma amostra reduzida do que é o setor empresarial de Braga, composto por mais de 24.000 empresas, é possível verificar o potencial de descarbonização do município ao nível da mobilidade. Este cenário reafirma a necessidade de mais empresas e instituições aderirem ao pacto. Só com a soma dos vários compromissos individuais será possível uma mudança sistémica para uma mobilidade urbana sustentável e, neste sentido, todas as organizações são chamadas a agir”, acrescenta a mesma fonte.
Até 31 de março, o PMEB estará aberto a novas adesões por parte de empresas ou instituições “motivadas em fazer a diferença”. A participação neste pacto “permite às organizações signatárias reduzir a sua pegada de carbono, aceder e partilhar conhecimento sobre mobilidade sustentável e melhorar as relações com outras empresas, organizações e instituições locais”. Para aderir, as empresas e instituições terão de ter morada ou operações no concelho de Braga e comprometer-se com, pelo menos, duas das 29 ações apresentadas pelo PMEB, conclui o comunicado.