Península Ibérica. Alterações climáticas estão a fazer com que espécies procurem novos habitats



As alterações climáticas estão a forçar algumas espécies da Península Ibérica a procurar outros habitats, revela um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

Os investigadores analisaram os efeitos das alterações climáticas em 300 espécies de flora vascular e fauna, num período entre 1979 e 2013. A equipa focou-se nos nichos ecológicos, ou seja, uma combinação de valores de variáveis climáticas, tendo sido analisadas 19 variáveis. “O nicho de uma espécie poderia, por exemplo, ser o volume compreendido entre as temperaturas e precipitações mínimas e máximas que a espécie consegue suportar”, explica Neftalí Sillero, investigador no Centro de Investigação em Ciências Geoespaciais na FCUP e primeiro autor do artigo.

Como referem no artigo, estas podem procurar outras altitudes e elevações, alterando a sua distribuição geográfica. A Marmota (Marmota marmota), uma espécie introduzida na Península Ibérica, o Tetraz-real (Tetrao urogallus) e o Brita-Ossos (Gypaetus barbatus), estão entre as espécies que sofreram maiores alterações.

O investigador deixa ainda o alerta de que “As alterações climáticas podem levar as espécies à extinção quando estas ficarem sem os habitats onde podem viver”.

Os próximos passos da equipa da FCUP prendem-se em perceber quais os novos habitats que as espécies estão a usar e se estas alterações apontam para habitats com temperaturas mais amenas.





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