Pessoas com deficiência: ONU diz que acabar com discriminação é uma questão de justiça
A primeira Cimeira Global sobre Deficiência aconteceu em Londres, onde mais de 700 delegados de todo o mundo renovaram os compromissos da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiências. O encontro foi organizado pelo Reino Unido, pelo Quénia e pela Aliança Internacional sobre Deficiência. No final do encontro, foi assinada a chamada Carta para a Mudança.
Apesar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 e da Convenção da ONU para fazer avançar os direitos de pessoas com deficiência, a verdade é que “este empenho político não se traduziu em melhorias significativas para as vidas das 1,5 mil milhões de pessoas que vivem com deficiência em todo o mundo”, disse a vice-presidente da ONU, Amina J. Mohammed. Pior ainda, mulheres e raparigas com deficiência acabam por sofrer uma dupla discriminação.
Ainda este ano, António Guterres, Secretário Geral da ONY, irá lançar o primeiro relatório de sempre sobre Deficiência e Desenvolvimento, para servir de base sobre pessoas com deficiência no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A Cimeira Global sobre Deficiência foi uma oportunidade também para identificar como mudar a situação atual e criar valor através da inclusão de todo o capital humano.
Achim Steiner, da UM Development Programme, disse também que esta é “uma questão de justiça, igualdade de oportunidades, bem como de crescimento económico. Os custos de excluir [estas pessoas] são simplesmente demasiado grandes.”
Foto: Unicef/Khudr Al-Issa