Petição pública: contra o herbicida glifosato assinar, assinar



Começou hoje a circular uma petição para banir o herbicida glifosato, mais conhecido como o herbicida Roundup da Monsanto. A iniciativa conta com a participação de dezenas de organizações não governamentais de toda a União Europeia, incluindo várias associações ambientais nacionais.

Em questão está o herbicida glifosato, classificado há mais de um ano pela Organização Mundial de Saúde como “carcinogéneo provável para o ser humano e carcinogéneo provado para animais de laboratório”. E Portugal surge bem no centro deste problema, já que no nosso país se registam os níveis de contaminação humana mais elevados de toda a União Europeia.

Esta iniciativa de cidadania levada a cabo por várias associações ambientais, entre elas a Quercus, tem como objectivo pressionar a Comissão Europeia com dois fins bem definidos: garantir a transparência e independência nos processos de (re) autorização de pesticidas e impor prazos obrigatórios para a redução progressiva do uso de todos os pesticidas.

“De acordo com a legislação europeia os pesticidas só podem ser usados quando todos os outros métodos já se esgotaram. Além disso os Estados Membros estão obrigados a reduzir o uso e impacto dos pesticidas autorizados. No entanto esses processos estão a arrastar-se, pelo que a Comissão Europeia tem de avançar com prazos concretos e obrigatórios que efectivamente reduzam a carga de contaminação química a que todos estamos sujeitos”, alerta João Branco, presidente da associação ambiental Quercus, assinante desta petição.

Para que o assunto obrigue a Comissão Europeia a propor legislação sobre a matéria em causa, esta iniciativa de cidadania europeia tem até 25 de Janeiro de 201 para recolher um milhão de assinaturas. No caso de Portugal, o mínimo exigido para que esta petição seja considerada situa-se nas 15750 assinaturas válidas.

No entanto, como a Comissão Europeia pretende tomar uma decisão final sobre o glifosato até ao final de 2017, a recolha de assinaturas deverá terminar até ao Verão. Os interessados em juntar-se a esta iniciativa podem assinar a petição aqui.

Foto: via Creative Commons 





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