Petrogal vai divulgar medições de benzeno da refinaria de Leça

Há uns dias, e na sequência desta notícia, um leitor do Green Savers perguntou-nos – e com toda a lógica – se esta análise tinha em conta a refinaria da Petrogal, em Leça da Palmeira.

Hoje, a resposta foi dada, indirectamente, pelo jornal Público. E é ‘não’. Isto porque a câmara de Matosinhos prepara-se para aprovar um protocolo que visa a divulgação pública das medições da qualidade do ar – incluindo a presença de benzeno, um poluente carcinogénio – efectuadas pela Petrogal através de unidades móveis na refinaria de Leça da Palmeira. Ou seja, estes dados ainda não são públicos.

Este protocolo será válido por um ano – renovável por igual período – e levará a Petrogal a informar a câmara, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos sobre a qualidade do ar deste local.

Segundo o Público, o vice-presidente do CCDRN, Paulo Gomes, afirmou recentemente que as medidas tomadas, ao longo do último ano, na refinaria de Leça, permitiram melhorar as emissões de benzeno em excesso detectadas nas imediações daquela unidade industrial, onde vivem cinco mil pessoas. Ainda assim, o problema não desapareceu.

O protocolo prevê que a Petrogal envie à CCDRN e câmara de Matosinhos o planeamento anual de medições de qualidade do ar, assim como dados trimestrais correspondentes à concentrações médias horárias de benzeno com identificação da localização de cada uma das estações.

O envio deve ainda ser acompanhado dos relatórios de manutenção preventiva e, sempre que houver necessidade, de manutenção correctiva.

A câmara compromete-se a estabelecer com a CCDRN e a Petrogal um plano de divulgação dos resultados obtidos nas estações móveis. No âmbito do protocolo, constituir-se-á uma equipa de acompanhamento, formada por um representante de cada uma das partes, a nomear por estas no prazo de 15 dias após a assinatura.