PM britânico defende as penas aplicadas a ativistas ambientais



O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, defendeu ontem as sentenças proferidas contra ativistas ambientais, em resposta às questões levantadas por um relator das Nações Unidas sobre a contundência das penas aplicadas.

“Aqueles que infringem a lei devem sentir todo o seu peso”, declarou Sunak na rede social X, defendendo ainda que sejam tomadas medidas políticas e judiciais face à escalada dos protestos.

O primeiro-ministro britânico afirmou que os “manifestantes egoístas” que tentam prejudicar “a maioria dos trabalhadores” devem receber penas judiciais duras.

“É o que a população espera e é o que fizemos”, sublinhou Sunak.

O relator das Nações Unidas para a promoção e proteção dos direitos humanos no contexto das mudanças climáticas, Ian Fry, advertiu o Governo britânico, por meio de uma carta, que certas sentenças podem desencorajar as mobilizações pelo combate às mudanças climáticas.

Entre as condenações já proferidas, estão sentenças de até três anos de prisão, que para Fry são “significativamente mais duras” em relação às anteriormente impostas “para este tipo de crime”.

O relator da ONU declarou que “o exercício dos direitos à liberdade de expressão e à liberdade de reunião e associação pacíficas” podem estar em risco.

O Governo britânico, de facto, aprovou uma lei de ordem pública que desde julho endureceu a abordagem aos tumultos nas manifestações, caracterizadas, por exemplo, pela obstrução de vias de comunicação.

Para Fry, toda esta situação representa “um ataque direto” aos direitos básicos.

Já o Ministério do Interior britânico considerou que pretende clarificar as ações a serem utilizadas em determinadas situações e facilitar o trabalho da polícia.





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