Poluição atmosférica vai matar centenas de milhares de cidadãos europeus



Centenas de milhares de cidadãos europeus irão morrer prematuramente, nas próximas duas décadas, devido à poluição ambiental, segundo a Agência Europeia do Ambiente (AEA). Em 2011 terão morrido prematuramente, devido à poluição e fumos tóxicos, cerca de 400.000 mil pessoas na Europa. Desde então, explica a AEA, não existem dados fidedignos sobre o tema.

Segundo o relatório Estado do Ambiente 2015, que chegou a esta conclusão, o continente europeu revela outros números preocupantes, incluindo a perda de biodiversidade, agricultura intensiva e urbanização e insustentabilidade dos sistemas de água doce.

Segundo a AEA, existem alguns progressos no que toca à poluição atmosférica, gestão de resíduos e poluição industrial, mas estes são insuficientes para garantir um ambiente mais limpo nas próximas duas décadas.

O estudo, publicado de cinco em cinco anos, pede aos Estados-membros da União Europeia alguma urgência para terem uma visão mais integrada dos temas ambientais. A falta de coordenação das várias regulações ambientais é, na verdade, um dos problemas principais no que toca à preservação da biodiversidade.

De acordo com a instituição, os cidadãos europeus foram incentivados a comprar veículos a diesel, na última década, de forma a reduzir as emissões de gases com efeito estufa, uma vez que este tipo de motores são mais eficientes que os motores a gasolina.

No entanto, isto provocou uma consequência não pensada: maior poluição atmosférica, uma vez que os motores a diesel libertam mais partículas e dióxido de nitrogénio que os outros tipos de motores, o que levou ao aumento da dificuldade em respirar por parte de pessoas vulneráveis, como crianças e idosos.

“Os assuntos não podem ser olhados isoladamente”, explicou ao The Guardian o director-executivo da AEA, Hans Bruyninckx. “Eles estão interligados e a forma como os estudamos e os medimos tem de ser interligada”.

Ainda assim, há alguns números positivos: a poluição costeira diminuiu em algumas regiões, nas últimas duas décadas, e os esgotos não-tratados já não prejudicam as praias. Também as emissões de gases com efeito de estufa foram reduzidas globalmente.

Foto: Luke Price / Creative Commons





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