Populações mundiais de renas estão a diminuir



As populações de renas estão a diminuir em todo o mundo. A conclusão é de um novo estudo, que indica que se não forem rapidamente tomadas medidas estes animais poderão desaparecer em poucos anos.

“Existem renas na região do Árctico e na região norte subárctica. Na Europa do Norte (como na Finlândia, Suécia e Noruega), na Ásia (Rússia, Mongólia e China) e na América do Norte (Canadá e Alasca), as populações de renas estão a diminuir há vários anos”, indica Xiuxiang Meng, um dos autores do estudo, ao Discovery News.

De acordo com o estudo, existem duas subespécies de renas: as renas da tundra e as renas dos bosques. Algumas destas renas são selvagens e outras são semi-domesticadas, estando ambas as populações a decrescer.

Os investigadores focaram o seu estudo nas renas da China, onde a população destes animais diminuiu 28% desde a década de 1970. As renas que habitam o território chinês descendem das renas siberianas, tendo-se separado há 2.000 quando migraram para territórios mais a sul com os Evenkis.

Porém, a tendência também se verifica nas populações europeias e norte-americanas. Os investigadores apontam seis principais factores responsáveis pelo declínio das populações. O primeiro é a endogamia. Uma vez que as populações são cada vez menores, existe um risco maior de deterioração genética e consanguinidade. O segundo factor é a caça, onde os caçadores procuram maioritariamente as hastes das renas. O terceiro são os predadores naturais, como os lobos, ursos e linces, que são responsáveis pela morte de um terço das crias.

Na lista incluem-se ainda factores como a falta de criadores e pastores, as alterações climáticas e a indústria do turismo. Para atrair mais turistas, tanto os criadores como os pastores estão a deslocar as populações de renas semi-domesticadas para mais perto de conglomerados humanos, onde as renas têm de enfrentar a poluição, o trânsito e um maior número de caçadores.

O estudo, publicado no Journal for Nature Conservation, indica ainda que proteger e aumentar as populações de renas produz efeitos benéficos ao nível dos ecossistemas, das economias locais e até das alterações climáticas. Os investigadores pedem ainda que a classificação que esta espécie tem na lista de espécies da IUCN seja alterado de “menor preocupação” para “ameaçadas”.

Foto: Go.70°North / Creative Commons





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