Por que razão a Tetra Pak comprou uma empresa de equipamentos para produção de queijo?
O consumo mundial de queijo vai crescer 16% durante a próxima década, à medida que os consumidores estão mais atentos às questões da saúde e a popularidade do queijo fresco e dos queijos de pasta mole light aumenta.
Os dados do Agricultural Outlook, publicados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) acrescentam que, entre 2013 e 2014, o queijo de pasta mole representou 50% do crescimento do mercado total de queijo em valor absoluto a nível mundial, impulsionado pela inovação de produto e aumento da penetração.
Estes foram alguns dos argumentos que levaram a Tetra Pak a adquirir a empresa polaca Obram, fornecedor de soluções tecnológicas e equipamentos para a produção de queijo na Polónia, Rússia, Bielorrússia e outros países da Europa de Leste.
Fundada em 1976, a Obram tem uma oferta de soluções para queijo fresco e requeijão, para além de aplicações para a produção de queijos semi-rígidos, incluindo manipulação de moldes e salga.
“A integração da Obram no grupo Tetra Pak vem reforçar o nosso portfólio e ampliar a nossa capacidade num sector em rápida expansão, permitindo-nos ser ainda mais versáteis face às necessidades dos nossos clientes. Esta aquisição complementa extremamente bem o nosso negócio,” refere Tim High, vice-Presidente executivo da Tetra Pak Processing Systems, citado pelo Protege o que é Bom.
“Esta aquisição vai melhorar a nossa capacidade para ajudar os nossos clientes a potenciar estas oportunidades, em particular na Índia e na América Central e do Sul, onde a procura de queijo fresco aumenta a um ritmo tremendo”, continuou Tim High. “As soluções de automação da OBRAM garantem mais qualidade e oferecem uma alternativa mais eficiente às instalações manuais ou semi-automáticas ainda amplamente utilizadas.”
A Obram emprega atualmente cerca de 280 pessoas, na sua maioria numa das duas instalações fabris da companhia em Olsztyn, na Polónia.
Foto: Steven Depolo / Creative Commons