Portugal: 2017 deverá ser o ano com maiores emissões de gases com efeito estufa da década



A Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, tendo por base dados da REN (Redes Energéticas Nacionais) analisou as diferentes tendências em termos de produção de electricidade em Portugal Continental no primeiro semestre de 2017 e as suas consequências para a sustentabilidade no uso de recursos e emissões de gases com efeito de estufa, causadoras das alterações climáticas.

Em comunicado divulgado ontem, a Zero diz que “a seca que se verifica no Continente conduziu a uma diminuição dramática da produção de electricidade através das grandes barragens (-60% entre Janeiro e Julho de 2017 e o mesmo período em 2016), e um aumento enorme do recurso às centrais térmicas (+80%). No que respeita ao total de contribuição de produção de electricidade a partir de fontes renováveis, a mesma recuou 28,4%, ou seja, de 78,8% para 50,4%. Isto é, até ao final de Julho só metade da electricidade teve origem em fontes renováveis”.

A associação quantificou as emissões associadas à produção de electricidade nos primeiros seis meses do ano, verificando um aumento de 5,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja um aumento de 42%. E acrescenta que “por comparação com 2016, os incêndios estão também a ter uma contribuição acrescida, já que (de acordo com dados fornecidos ao jornal “Expresso” pela Agência Portuguesa do Ambiente), no total ao ano passado se emitiram 2,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente e este ano até final de Julho já se atingiu 2,9 milhões de toneladas, ou seja, um aumento de cerca de 600 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente, atingindo-se um total de 5,9 milhões de toneladas (praticamente 6 milhões de toneladas).”

Ou seja, “tudo aponta para que 2017 venha a ser até agora, o ano com maiores emissões de gases com efeito de estufa da presente década em Portugal”.

Foto: Creative Commons





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