Presidente angolano reafirma empenho do país na luta contra as alterações climáticas
O Presidente angolano reafirmou quarta-feira, em Luanda, que Angola está empenha na luta contra as alterações climáticas, com a redução da queima dos combustíveis fósseis, através de grandes investimentos em barragens hidroelétricas.
João Lourenço, que respondia a uma pergunta colocada por uma jovem do Botsuana sobre os contributos de Angola na problemática das alterações climáticas, disse que é preciso que os países considerados mais poluidores e os menos poluidores se juntem para fazer face a este problema.
A pergunta foi colocada no Painel “Jovens, Atores na Promoção da Cultura de Paz e Transformações Sociais do Continente – Diálogo de Alto Nível”, no âmbito da 3.ª edição do Fórum Pan-africano para uma Cultura de Paz e Não-Violência – Bienal de Luanda, que decorre até sexta-feira, com a presença dos Presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves, de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, da Etiópia, Sale-Work Zewed, e chefes de Governos e representantes de outros países africanos.
Segundo João Lourenço, a situação chegou a um ponto que “já não interessa estar a apontar o dedo, culpabilizando quem poluiu mais quem polui menos”.
“África pelo seu baixo desenvolvimento industrial é o que menos polui, mas não vale a pena estar à busca de culpados. Culpados somos todos nós, temos que trabalhar todos em conjunto, os que mais poluem e os que menos poluem para ver se ainda é possível salvar o planeta”, referiu.
O chefe de Estado angolano salientou que Angola está empenhada nessa luta, participa em todas as conferências sobre o tema, e tem contribuído com a tendência de passar a utilizar cada vez menos gasóleo em centrais térmicas para a produção de energia elétrica.
“O país tem feito um grande investimento ao longo dos anos para a construção de aproveitamentos hidroelétricos, temos neste momento três grandes barragens hidroelétricas”, frisou, acrescentando que a energia proveniente delas já está a ajudar a reduzir cada vez mais da utilização de centrais térmicas de produção de energia.
João Lourenço disse que na cimeira da COP 28, que começa no dia 30 deste mês, no Dubai, Angola vai assinar a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a necessidade de descarbonização do petróleo e gás, e aderir a outras de instituições internacionais, para a sua indústria de petróleo e gás, num futuro breve, conseguir medir e reduzir as emissões poluentes.
O Presidente angolano avançou que em 2024 deverá arrancar um projeto de exploração do hidrogénio verde, na localidade da Barra do Dande, província do Bengo, a ser desenvolvido pela petrolífera angolana Sonangol, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás e uma empresa da Alemanha.