Presos por tentarem envenenar águias e milhafres



Uma operação da Guardia Civil espanhola resultou na detenção de três pessoas por suspeitas de envenenamento de três águias-imperiais-ibéricas, e na constituição como arguidos de mais duas, por suspeitas da morte de dois milhafres reais. Ambas as espécies estão classificadas como estando em perigo de extinção e, em comunicado citado pela Agência de Informação Espanhola, EFE, a Guardia Civil declarou que os crimes se deviam a interesses económicos: “Os envenenamentos devem-se a interesses de índole económica, já que a criação de gado é a actividade principal das duas explorações onde foram mortas as aves”.

A investigação iniciou-se depois de ter sido encontrado um cadáver de uma águia imperial adulta numa quinta inserida na Zona Especial de Protecção de Aves, na região de Cáceres, Estremadura. A investigação descobriu mais tarde um ninho com mais duas crias da mesma espécie também mortas, e posteriores análises atribuíram a causa da morte a um poderoso tóxico. Na acção foram utilizados cães pisteiros que identificaram a origem do veneno numa exploração de gado próxima, onde foram detidos o responsável pela exploração, um guarda e um trabalhador agrícola.

A Águia-Imperial-Ibérica é a ave de rapina mais ameaçada da Europa. Em 2013, existiam 407 casais reprodutores em toda a Península Ibérica. Em Portugal existiam apenas 11 casais e os restantes estavam distribuídos pelas regiões autónomas espanholas.

Numa acção paralela, a Guarda Civil consegui também identificar os suspeitos pela morte de dois milhafres reais noutra exploração pecuniária próxima. Segundo a informação prestada pelo Servicio de Conservación de la Naturaleza y Áreas Protegidas de la Dirección General de Medio Ambiente de la Junta de Extremadura, o custo de reposição das três águias poderá ascender aos 195 000 euros, enquanto que o dos milhafres se situa nos 24 000.





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