Primeira fábrica de biocombustíveis avançados da Península Ibérica já está em construção
Acaba de iniciar a construção da primeira fábrica de biocombustíveis avançados da Repsol na Península Ibérica. Situadas no complexo de Cartagena, em Espanha, as novas instalações resultam de um investimento de 200 milhões de euros da empresa.
A fábrica terá capacidade para produzir 250.000 toneladas de biocombustíveis avançados por ano, nomeadamente, biodiesel, biojet, bionafta e biopropano, para abastecimento de aviões, camiões ou carros. Os biocombustíveis avançados serão produzidos a partir de diferentes tipos de resíduos da indústria agroalimentar e outros, como por exemplo, óleos alimentares usados. Além de serem uma alternativa sustentável para os meios de transporte, permitirão uma redução de emissões de CO2 entre 65% a 85%, comparativamente aos combustíveis tradicionais. Serão, assim, evitadas 900.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2) anuais. Prevê-se que as instalações entrem em funcionamento no primeiro semestre de 2023.
A construção vai gerar cerca de 1.000 postos de trabalho em diferentes fases do projeto e o envolvimento de 240 empresas auxiliares, das quais 21% serão locais, 25% regionais, 42% nacionais e 12% internacionais.
O projeto faz parte do processo de transformação que a Repsol implementou nos seus complexos industriais para descarbonizar os processos de fabrico de produtos essenciais com uma pegada de carbono baixa, zero, ou mesmo negativa. Em simultâneo, a empresa conseguirá dar uma segunda vida aos resíduos que de outra forma acabariam num aterro, transformando-os em produtos com elevado valor acrescentado.
“Com este projeto, Cartagena vai consolidar-se como centro de distribuição de produtos essenciais para o presente e o futuro, e como um exemplo do compromisso da Repsol com a mobilidade sustentável”, afirma Antonio Brufau, Presidente da Repsol. O responsável apelou ainda às administrações públicas que criem “uma regulamentação facilitadora, flexível e não exclusiva”, que permita o desenvolvimento de projetos futuros, uma vez que só assim “estaremos a proteger a nossa economia, indústria e emprego”.