Projeto europeu com 12 milhões de euros para melhorar a saúde dos solos
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, coordena um projeto europeu que visa melhorar a saúde dos solos e tem um financiamento de 12 milhões de euros, foi hoje anunciado.
“A participação da UTAD no ‘LivingSoiLL’ [projeto] é uma oportunidade única para contribuir para a melhoria da saúde dos solos em Portugal e na Europa”, afirma, citada em comunicado, a coordenadora do projeto e investigadora do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) Cristina Carlos.
O projeto, com um financiamento global de 12 milhões de euros, visa melhorar a saúde dos solos em culturas permanentes na Europa nas áreas da vinha, olival, castanha, avelã e maçã.
Segundo Cristina Carlos, para além de “difundir práticas sustentáveis de gestão do solo e reforçar a literacia do solo”, este consórcio vai estabelecer cinco “living labs” (laboratórios vivos – LL) dedicados à promoção de solos saudáveis, testando e cocriando de soluções inovadoras ajustadas localmente”.
A UTAD vai coordenar o laboratório vivo Luso-Galaico, focado na vinha e no olival, as duas culturas permanentes com maior importância no norte do país e na Galiza.
“Acreditamos que o LivingSoiLL tem potencial para gerar um impacto significativo na saúde dos solos na Europa, e que contribuirá para uma produção de alimentos mais sustentável, a regulação da água e do clima e a conservação da biodiversidade”, refere ainda Cristina Carlos.
O projeto LivingSoiLL – Healthy Soil to Permanent Crops Living Labs , que numa tradução livre significa Solo Vivo – Solo Saudável para Laboratórios Vivos de Culturas Permanentes, é financiado pela Missão Solo do Horizonte Europa.
Integra ainda 50 parceiros de Portugal, França, Espanha, Itália e Polónia, reunindo universidades, produtores locais, associações de produtores, entidades públicas, uma associação europeia produtora de frutas, vegetais e plantas ornamentais, e uma associação europeia de defesa do setor vitivinícola.
O projeto prolongar-se-á por 54 meses e pretende a participação ativa de mais de dois mil atores locais.
A equipa da UTAD é composta por 27 elementos e inclui investigadores do CITAB, do Centro de Química de Vila Real (CQVR) e do Centro de Estudos Transdisciplinares de Desenvolvimento (CETRAD).