Projeto português usa musgo para construir edifícios mais sustentáveis



Um grupo de investigadores portugueses desenvolveu um novo tipo de argamassa biorecetiva ao crescimento do musgo que pretende ser uma alternativa ecológica e económica às tradicionais fachadas vivas. O projeto do Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade (ITeCOns) da Universidade de Coimbra foi um dos contemplados com uma Bola de Ignição financiada pelo INOV C 2020, do FEDER.

Entre as vantagens deste novo tipo de argamassa, que é recetiva ao crescimento de musgos, contam-se o conforto térmico e acústico.

«Este novo tipo de argamassa, biorecetiva e propícia ao crescimento de musgos, potencia a conceção de fachadas verdes mais simples, económicas e de baixa manutenção. O desenvolvimento da investigação científica trará vantagens do ponto de vista ambiental e ecológico, como a captação de CO2 e a redução de consumo energético devido ao melhor isolamento térmico dos edifícios, mas também a nível económico e social, tratando-se de uma solução menos dispendiosa e mais acessível a um maior número de pessoas», explica Maria Inês Santos, investigadora e porta-voz do projeto.

A ideia por trás do projeto é modificar as argamassas convencionais de modo a torná-las mais recetivas a organismos vivos, tornando-as num substrato para o desenvolvimento de vegetação. Este revestimento verde permite, depois, melhorar a eficiência energética do edifício, ao melhorar o seu isolamento térmico. Por outro lado, é uma solução que também permite captar CO2 da atmosfera.

O projeto está a ser realizado em parceria com a empresa Primefix – Colas e Argamassas, com o objetivo de trazer este produto para o mercado, depois da sua fase de conceção e formulação.





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