Qual a pessoa mais velha alguma vez fotografada?



Na sua juventude, Conrad Heyer lutou na Guerra da Independência norte-americana e atravessou o rio Delaware com o próprio George Washington. Quando a guerra acabou, ele comprou uma quinta em Waldoboro, no estado do Maine, no extremo nordeste do país, e viveu o resto dos seus dias a cantar na Igreja e a descansar na sua cadeira de balanço.

Era um homem jovem e, quando tinha já 101 anos, parecia ter 50, segundo o obituário da sua morte no jornal local. O que tem Conrad Heyer para falarmos hoje dele? Ele terá sido a pessoa mais velha alguma fez fotografada. Por outras palavras: ninguém nasceu tão cedo no espaço temporal como Heyer e, paralelamente, foi fotografado.

Heyer terá sido fotografado em 1852, segundo o Futility Closet, quando já teria 103 anos. Quando o daguerreótipo foi inventado, em 1839, Heyer já era um homem muito velho. Ele acabou por morrer em 1856, aos 107 anos, sendo testemunha do nascimento da nação americana e, também, da fotografia moderna.

Esta semana, a Unesco afirmou que mil milhões de pessoas continuam sem ter acesso a internet. Muitas delas, provavelmente, não terão acesso a informação ou aparelhos como telemóveis, que podem também tirar fotografias. Nascido em meados do século XVIII, Conrad Heyer teve mais facilidade de acesso a estas ferramentas que muitos dos nascidos no século XXI, o que nos dá uma perspectiva – um pouco demagoga, é certo – da disparidade das condições de vida entre os vários mundos em que vivemos.





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