Qual o aspecto de 105 toneladas de marfim a arder? (com FOTOS)
No sábado, o Quénia fez uma das mais veementes condenações à caça ilegal e tráfico de marfim da história, quando o presidente do país, Uhuru Kenyatta, pegou fogo a 11 piras de 105 toneladas de presas e chifres de 7.000 elefantes e 343 rinocerontes. O acontecimento ocorreu no Parque Nacional de Nairobi, naquela que foi a maior fogueira de produtos ilegais de vida selvagem do mundo.
“Em 10 anos, na África central, perdemos 70% dos nossos elefantes. O elefante, como já foi dito, é um símbolo do nosso país. Se não tomarmos medidas agora, arriscamo-nos a perder este animal magnífico”, explicou Kenyatta.
As presas de elefante estariam avaliadas em mais de €91 milhões no mercado negro, enquanto os chifres de rinoceronte custariam €58 milhões no mesmo mercado, de acordo com o especialista em comércio de vida selvagem Bradley Martin.
Um dos principais líderes conservacionistas do Quénia, Richard Leakey, explicou ao The New York Times que se sentia “humilhado, triste e encorajado”. “Não deveríamos ter de queimar 105 toneladas de marfim e 1,5 toneladas de chifres de rinoceronte”, explicou.
Outros, como John Scanlon, porta-voz da Convention of International Trade in Endangered Species, disse que queimar o marfim é a única forma de desencorajar os caçadores ilegais. “No evento de hoje, o Quénia enviou uma mensagem muito forte ao público e comunidade internacional e queniana. [O país] não tolera e não vai tolerar o comércio ilegal de vida selvagem”, explicou.
Veja algumas das fotos da fogueira, publicadas no twitter da subsecretária do Departamento de Estado norte-americano, Heather Higginbottom.
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