Quénia: exército de drones vai proteger elefantes e rinocerontes dos parques nacionais



O Governo do Quénia vai implementar um exército de drones nos seus 52 parques nacionais e reservas naturais para monitorizar e proteger os elefantes e rinocerontes da caça ilegal. A medida vai ser implementada depois de um programa piloto, onde estes equipamentos aéreos não tripulados vigiaram uma zona mais restrita e onde a caça ilegal diminuiu 96%.

Desde 2012 que o Quénia perdeu mais de 435 elefantes e cerca de 400 rinocerontes devido à caça furtiva. Só este ano os caçadores já mataram 18 rinocerontes e 51 elefantes.

“O uso de drones mostrou que podemos prevenir a caça e prender muitos caçadores. O programa piloto foi um sucesso e estamos a trabalhar com várias entidades, nomeadamente a polícia do Quénia, os Serviços de Informação Secreta e muitos parceiros internacionais, como a Interpol e os Governos do Uganda e da Tanzânia”, indica Paul Udoto, porta-voz dos Serviços de Vida Selvagem do Quénia ao Guardian.

De acordo com o porta-voz, os drones vão utilizar radiofrequências para monitorizar os parques e os movimentos dos animais. “Os drones vão ter uma funcionalidade que vai permitir localizar os caçadores ainda antes de matarem qualquer animal”, explica Udoto. Os aparelhos vão fornecer às autoridades nacionais e aos guardas dos parques informação constante, durante 24 horas.

O custo do projecto está avaliado em €74,5 milhões e é financiado pelo Governo do Quénia mas também pelos Governos dos Estados Unidos, França, Canadá e Países Baixos. Além da implementação do exército de drones, o número de guardas dos parques nacionais vai também aumentar, de 975 para 1.600 até ao final do ano.

Foto:  USFWS Headquarters / Creative Commons





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