Raias: que espécies existem em Portugal?
As raias são animais marinhos cartilagíneos que pertencem à subclasse Elasmobranchii, tal como os tubarões. Existem mais de 500 espécies de raias, revela a enciclopédia Britannica, que podem ser encontradas em todos os oceanos do mundo.
Estes peixes respiram através de cinco guelras, e costumam alimentar-se de plâncton e outros animais pequenos, como peixes ou invertebrados, algo que varia consoante a espécie.
Como não poderia deixar de ser, as raias estão também presentes em águas portuguesas. Conforme o relatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as espécies de raias mais comuns em Portugal, e que têm maior interesse comercial, são:
- Raia lenga (raja clavata) – é a mais comum na costa portuguesa; encontra-se até 200 metros de profundidade;
- Raia pontuada (raja brachyura) – maioritariamente na zona centro do país; encontra-se até 100 metros de profundidade;
- Raia manchada (raja montagui) – por norma na costa sudoeste do país; encontra-se até 200 metros de profundidade;
- Raia de São Pedro/ de dois olhos (leucoraja naevus) – maioritariamente na costa sudoeste e no Algarve; encontra-se entre 100 a 500 metros de profundidade;
- Raia curva (raja undulata) – na costa norte do país, perto do Estuário do Sado e no Algarve; encontra-se até 100 metros de profundidade.
Outras espécies também presentes no nosso país são a Raia bicuda (dipturus oxyrinchus) e a Raia zimbreira (raja microocellata).
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a pesca excessiva tem colocado em risco a sobrevivência das espécies de elasmobrânquios. Em 2008 foram pescadas 700 mil toneladas de peixes desta subclasse, um número desproporcional ao seu desenvolvimento no meio natural. Outro estudo recente indica também que desde 1970 as populações de raias e tubarões diminuíram 71%. É assim essencial que os países adotem medidas mais eficazes e preventivas, que garantam a sobrevivência destas espécies tão importantes para os ecossistemas marinhos.