Retiradas 52 toneladas de combustível de navio encalhado na ilha cabo-verdiana do Fogo



As autoridades cabo-verdianas garantiram hoje que a operação iniciada na sexta-feira para trasfega de combustível do navio “Deimos”, do Panamá, encalhado na ilha do Fogo, “foi um sucesso”, permitindo retirar 52 toneladas de gasóleo.

De acordo com uma nota do Instituto Marítimo e Portuário (IMP), o “gasóleo limpo” foi retirado do “Deimos” diretamente para o rebocador “Monte Cara”, mas também com recurso a tanques portáteis colocados em terra.

“Considera-se que a operação foi um sucesso, uma vez que o objetivo maior da retirada do combustível é diminuir o risco de ocorrência de poluição”, afirma o IMP, sobre as operações que decorrem desde sexta-feira.

Construído em 1986 e com bandeira do Panamá, o navio “Deimos” tem 94,4 metros de comprimento por 15,4 metros de largura e, segundo o IMP, encalhou na manhã do dia 13 de novembro nas imediações do porto de Vale dos Cavaleiros, ilha do Fogo, após um “’blackout’ total” que afetou os motores.

“Ainda como medida de prevenção de ocorrência de poluição, foram colocadas barreiras flutuantes junto ao navio”, sublinhou o IMP.

Aquele instituto, que está a coordenar as operações, admite que o “plano de resgate” do navio “poderá ser apresentado nos próximos dias”.

“Mas só serão autorizados os trabalhos, se estiverem garantidas as condições de segurança para o porto, para as nossas águas e para o país”, lê-se na mesma nota.

O incidente na máquina principal ocorreu após a operação de descarga no porto local, depois de o navio ter partido com destino a Tarrafal de São Nicolau, acabando por ser arrastado para a zona de encalhe, devido à forte ondulação que se fazia sentir no local.

Segundo informação anterior do IMP, através de inspeções realizadas a bordo do navio e a nível subaquático foi possível confirmar que “a embarcação está estável”.

“Completamente assente no fundo, a cerca de dois metros da terra e que apenas a casa de máquinas continua parcialmente inundada pela água do mar. As medidas de segurança, tanto marítimas, portuárias, como ambientais, foram acionadas desde o início, pelo que, até então, o acidente não representa perigo iminente de poluição marinha”, garante o IMP.

O local de encalhe “não coloca em causa a operacionalidade” do porto de Vale dos Cavaleiros, pelo que a entrada e saída de navios decorre “normalmente”.





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