Rinocerontes brancos: cientistas tentam reprodução in vitro para salvar da extinção
No que é encarado com uma última tentativa para salvar esta espécie da extinção, os cientistas vão tentar a fertilização in vitro.
Existem duas subespécies de rinocerontes brancos: Os do norte, e os do sul, dividindo o continente africano. Mas enquanto que os do Sul estão apenas classificados como “quase ameaçados”, os do norte estão praticamente extintos. Restam hoje três exemplares, um macho e duas fêmeas, guardados 24 horas por dia por soldados armados no parque Ol Pejeta Conservancy, no Quénia. E não estão na melhor forma. O macho, Sudão, tem 43 anos, quando a média de vida é de 40 – 50 anos. Bem entradote. As duas fêmeas, mãe e filha, sofrem ambas de um problema que as impede de conceber naturalmente.
Assim, e especialistas em fertilidade vão tentar uma manobra nunca tentada com estes animais, procurando salvar a espécie. Assim, foram retirados ovos de três rinocerontes do sul, três de cada e os nove ovos foram transportados para o laboratório Avantea, em Itália, onde serão fertilizados com os espermatozóides do Sudão, assim como de vários outros brancos do sul, para testar o processo. Se tudo correr bem, os embriões fertilizados serão depois inseridos nas fêmeas, que funcionariam assim como “mães de aluguer” e tratariam do período de gestação que, nos rinocerontes, é de 18 meses.
Foto: um dos últimos rinocerontes brancos do norte no parque Ol Pejeta Conservancy, Quénia / Wiki Commons