Rio 2016: a primeira pira sustentável da história dos Jogos Olímpicos
Na passada 6.ª feira o espectáculo de abertura da 31.ª edição dos Jogos Olímpicos andou nas bocas do mundo. Os números oficiais ainda não são conhecidos, mas as projecções feitas dias antes do evento apontavam para os três mil milhões de espectadores.
Durante todo o espectáculo foi dada grande importância às alterações climáticas, ao aquecimento global e à preservação do meio ambiente. Vários apontamentos cénicos focavam estes pontos, mas um deles sobressaía. A pira olímpica, símbolo permanente desta competição desportiva, era bastante diferente das anteriores: “A nossa pira é pequenina e usa a energia solar e do vento. Esta pira combina com o espectáculo, é uma pira sustentável”, aqui nas palavras de Fernando Meirelles, director criativo da cerimónia de abertura do Rio 2016.
Para o artista plástico Anthony Howe, responsável pela estrutura, havia apenas uma certeza: a pira olímpica tinha de ser actualizada para uma versão mais sustentável, para evitar que quantidades exorbitantes de gás fossem consumidas e elevados níveis de emissões de dióxido de carbono passassem para a atmosfera, tal como acontecia nas edições anteriores.
“A chama não gasta muito gás, é pequena e tem esta grande escultura. A grandeza dela está no movimento eólico”, diz Andrucha Waddington, um dos directores criativos por trás da abertura dos Jogos Olímpicos. A inovação desta estrutura está assim no uso de energia eólica, ou seja, é o movimento do vento que faz a chama ganhar e manter vida, em oposição ao habitual consumo de combustíveis fósseis.
Acesa na última sexta feira, a pira olímpica estará activa durante toda a competição. A estrutura metálica movida a energia eólica está agora ao lado da Igreja da Candelária, no centro da cidade, e é já ponto turístico obrigatório para os milhares de visitantes que por estes dias estão no Rio de Janeiro.
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