Robots marinhos são usados para detectar e identificar baleias em vias de extinção



Dois robots marinhos autónomos têm sido utilizados como detectores de baleias em vias de extinção pelos investigadores. Isto permite avisar os barcos na área onde elas estão que desacelerem, de modo a evitar que atinjam os animais.

Julga-se que todos os anos, entre Novembro e Janeiro, as baleias ameaçadas do Atlântico Norte usem uma área fora da costa de Maine, nos EUA, conhecida como Outer Fall, como terreno fértil. Não há certezas absolutas, porque as condições do mar nessa altura do ano tornam mais difícil localizá-las. Mas os dois robots marinhos estão a ajudar os investigadores nesta missão.

Os aparelhos, designados de planadores, têm cerca de 1,8 metros de comprimento e estão equipados com uma antena via satélite de irídio, um microfone subaquático, um instrumento de monitoramento acústico digital (DMON) e um software especializado que lhes permite detectar e classificar quatro espécies de baleias em vias de extinção. Os aparelhos fazem parte de um projecto de pesquisa oceanográfica liderada por Mark Baumgartner e Dave Fratantoni, do Woods Hole Oceanographic Institution.

Os planadores são capazes de mover-se para cima, para baixo e para os lados através da água, alterando a sua flutuabilidade e usando as suas curtas asas para os elevar. São movidos a bateria, o que os torna muito silenciosos.

Segundo o Gizmag, os dois planadores foram colocados em acção a 12 de Novembro, examinando a área durante duas semanas, vindo à superfície a cada duas horas para detectarem uma posição GPS e transmitirem dados para terra via satélite. A equipa científica chegou ao terreno a 28 de Novembro, com os robots a continuarem as suas operações de pesquisa por mais uma semana e a alertarem os cientistas para a presença de baleias na área de pesquisa em tempo real.

Os investigadores garantem que os robots marinhos autónomos fornecem aos gestores de conservação e cientistas uma alternativa mais rentável e menos trabalhosa do que os métodos actuais de detecção de baleias que dependem de navios ou de aviões à base de observadores humanos.

“Estes planadores proporcionam um excelente complemento”, diz Sofie Van Parijs, líder do Passive Acoustic Research Group no NOAA’s Northeast Fisheries Science Center (NEFSC). “Saber onde as baleias estão ajuda-nos a gerir as interacções entre uma espécie em extinção e as actividades humanas que causam impacto nessas espécies.”





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