Rui Laginha: o morador do Parque das Nações que faz arranjos no espaço público por conta própria



Rui Laginha mudou em 1998 para o Parque das Nações, em Lisboa, e desde então se habituou a um “serviço de mordomia”, como o próprio contou à agência Lusa. “Não me preocupava com estas questões [de degradação do espaço público]. Quando via algum problema, no dia a seguir aparecia resolvido”, explicou.

Nos últimos anos, porém, as coisas mudaram. Tanto que decidiu, por sua conta a risco, começar a “fazer pequenas reparações”.

No Parque das Nações há problemas ao nível dos espaços verdes, da iluminação e do sistema de rega. Rui, um engenheiro de telecomunicações que faz parte do grupo informal “Pela Qualidade Urbana do Parque das Nações”, queixa-se da degradação do espaço público, que atribui à passagem da gestão da Parque Expo – criada em 1993 para a reconversão urbanística do agora denominado Parque das Nações – para as mãos da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia do Parque das Nações, constituída há dois anos.

“Perante a passividade dos responsáveis”, revelou Rui Laginha, decidiu levar a cabo “acções muito simples” como pregar tábuas que estão levantadas ou reparar bancos de jardim. O cidadão resolveu utilizar a rede social Facebook para divulgar o que tinha feito e “teve muita aceitação” por parte dos outros moradores.

Rui Laginha revelou ainda ter tentado por duas vezes receber apoio institucional para as acções, mas não teve sorte. Por isso decidiu por sua “conta e risco” fazer as intervenções, que, assegura, “não põem em risco as pessoas nem o espaço público”.

Foto: Pedro Ribeiro Simões / Creative Commons





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