Sacos de plástico: quem diz o quê?



Quando, no próximo domingo, os clientes dos vários comércios se depararem com uma subida abrupta do preço dos sacos de plástico, muitos deles deverão torcer o nariz. Há várias alternativas no mercado, mas os nossos comportamentos na altura em que levamos as compras do comércio para casa nunca mais serão iguais.

Conheça os argumentos dos principais protagonistas da taxa dos sacos de plástico.

Ana Trigo de Morais, directora-geral da APED (Associação Portuguesa para as Empresas de Distribuição)

“A grande aposta será na reutilização dos sacos. Haverá mais diversidade e vamos deixar de estar apenas concentrados nos actuais sacos”

“Mais uma vez temos o legislador apressado, que coloca as leis em execução e depois tem de explicar como aplicar a lei”.

“O sector está preparado para dar uma resposta efectiva, sendo que irá cumprir a lei e os portugueses passarão a pagar mais um imposto pelos sacos de plástico”.

“Revemo-nos na preocupação ambiental da medida do Governo, mas revemo-nos menos na componente fiscal que tem”.

Nuno Lacasta, presidente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente)

“A transferência para sacos de plástico com maior espessura tem um impacto ambiental menos negativo do que o uso de sacos de plástico leves, desde que tenham um maior número de utilizações”.

“Os outros Estados-membro que já aplicam uma taxa sobre os sacos de plástico obtiveram reduções muito significativas de consumo de sacos de plástico leves, como Irlanda e Espanha”

“Existem vários estudos de avaliação ambiental que concluem que os sacos de maiore espessura são ambientalmente mais sustentáveis”

“Por minuto são utilizados um milhão de sacos de plástico leves no mundo. Por ano, circulam 100 mil milhões na Europa. Portugal é um dos países europeus onde são mais utilizados e apenas uma vez. São utilizados em apenas 25 minutos”

Isabel Costa Ferreira, directora da APIP (Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP)

“[Há empresas cujas] vendas dependem 50% ou mais deste negócio dos sacos de caixa. Se lhes tirarem esta actividade podem correr o risco de fechar e ter de despedir colaboradores”

“Alertámos os grupos parlamentares e o ministro ao Ambiente para o prazo curto que se estava a dar para a indústria se adaptar”

“É verdade que em quase toda a Europa se pagam os sacos. Mas não se podia passar de dois para dez cêntimos”

Paulo Azevedo, director-geral da Silvex

“Não vejo que o consumidor esteja disposto a pagar por um saco de alças mais leve”

Amaro Reis, director-geral da Sacos 88

“[Não sei] se vai haver trabalho para Março.

Paulo Almeida, administrador da Plasgal

“2015 não será um ano de lucros”

Carmen Lima, Quercus

“Tudo o que são mudanças comportamentais levam tempo. Isso é válido para os consumidores e para a indústria.

Foto: Kate Ter Haar / Creative Commons





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