Saiba como as joaninhas podem salvar os pinheiros-mansos de Roma
A vegetação é parte da paisagem da cidade e compõe o cenário de antigos monumentos da capital italiana, além de aliviar o calor nos dias de verão. Com origem na América do Norte, o inseto é capaz de matar os pinheiros em dois ou três anos. Para combater a praga, as autoridades municipais decidiram investir cerca de 500 mi euros para a salvação das árvores.
O Toumeyella parvicornis, nome científico do parasita, já infestou 80% dos cerca de 1 milhão de pinheiros que compõem o cenário de Roma, segundo o jornal The Guardian. “Nós também queremos defender este grande património natural, cultural e da biodiversidade”, escreveu o governante Nicola Zingaretti na sua página do Facebook.
Uma das saídas para travar a contaminação seria injetar nos troncos dos pinheiros tratamentos para combater os insetos. O parasita alimenta-se da seiva e da casca das árvores e causa a disseminação de um bolor espesso e negro, que leva à morte da vegetação.
Com cerca de 80% dos milhares de pinheiros da capital infestados, seis associações de bairro convocaram o inimigo natural do inseto para contra-atacar, de acordo com o jornal britânico The Times. “As joaninhas podem fazer a diferença, e é natureza versus natureza”, disse o funcionário ambiental local Rino Fabiano. “Os pinheiros de Roma estão a envelhecer e estão já em perigo por causa das obras rodoviárias e da colocação de cabos que destroem as suas raízes, por isso a chegada do inseto gerou uma emergência real”.
A ideia de usar joaninhas de pinheiro, que são pretas com manchas vermelhas, veio de Massimo Proietti Rocchi, de 65 anos, um especialista em software reformado, que estava farto de ver pinheiros a morrer no seu parque local, Villa Leopardi. “É uma técnica usada na Califórnia desde 1890 para proteger as árvores frutíferas e tivemos ótimos resultados”, explicou.