Seis projetos sabem hoje se prémios Novo Bauhaus Europeu vêm para Portugal



Seis projetos nacionais finalistas do prémio Novo Bauhaus Europeu sabem hoje se os galardões criados em 2021 pela Comissão Europeia vêm para Portugal, numa cerimónia em Bruxelas na qual estão nomeados para duas categorias.

Em causa estão projetos sediados, criados ou a implementar em Braga, Fundão (distrito de Castelo Branco), Santarém, Lisboa, Sesimbra (distrito de Setúbal) e Odemira (distrito de Beja), nomeados em duas categorias.

Os galardões Novo Bauhaus Europeu visam distinguir projetos ambientais, económicos e culturais que combinem sustentabilidade, acessibilidade de preços e investimento, para enquadrar a transição climática e a mudança cultural, como propõe o Pacto Ecológico Europeu, tendo este ano sido selecionados 61 finalistas.

Na categoria “Campeões”, dentro do tema “Reconectar com a Natureza”, está nomeado o projeto Reabilitar Troço-a-Troço, dinamizado pela Câmara Municipal de Santarém, que consiste na utilização de técnicas de engenharia natural, em vez de civil, para regenerar ribeiras e cursos de água, capacitando a população, tendo já sido reabilitados 23 troços.

Os restantes projetos portugueses estão nomeados na categoria “Campeões da Educação”, dois dos quais no tema “Reconquistar um Sentimento de Pertença”: o Native Scientists, com sede em Braga e em Londres, e o Casas e Lugares do Sentir, no Fundão.

O projeto educativo Native Scientists leva cientistas às comunidades migrantes nas escolas, incentivando os alunos das respetivas comunidades a experimentar e falar sobre ciência em oficinas na sua língua de herança, e, segundo a diretora Joana Moscoso, “dada a eficácia e o sucesso do programa”, pretende “crescer de uma forma estratégica e profissionalizada”.

O Casas e Lugares do Sentir, que conta já com 13 espaços espalhados pelo Fundão, foi construído “para a comunidade”, disse à Lusa o presidente da câmara, Paulo Fernandes, sobre os 13 ecomuseus oficinais que mereceram reconhecimento da UNESCO em 2017.

Já no tema “Reconectar com a Natureza”, o programa de educação ecológica subaquática Atlantis reúne “um conjunto de experiências no mar” com várias atividades e palestras, pretendendo continuar no concelho de Sesimbra e expandir-se para outras regiões, disse à Lusa a coordenadora Violeta Lapa.

No tema “Priorizar os lugares e as pessoas que mais precisam” está nomeado o projeto “Uma casa é uma montanha é um chapéu”, um livro para crianças cegas da Trienal de Lisboa, que parte da noção de casa para cativar para a arquitetura e para a relação com o espaço, segundo as autoras Filipa Tomaz e Letícia do Carmo.

Por fim, o projeto Global Field, que replica a produção agrícola mundial em dois quilómetros quadrados, pretende instalar-se em Odemira tal como acontece na localidade alemã de Rothenklempenow, no projeto nomeado no tema “Formar um ecossistema industrial circular e apoiar pensamento sobre o ciclo da vida”.

Na sua candidatura, o projeto incluiu a realização de uma residência no Jardim do Mira, também associado à Planet Earth, associação portuguesa que quer trazer o Global Field para Portugal, com a ideia de ser um “‘playground’ [recreio] educativo, de sensibilização, de diálogo e de debate onde se podem proporcionar uma série de conversas sobre água, sobre solo, sobre biodiversidade e sobre comunidade”, disse à Lusa o responsável português Diogo Coutinho.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...