Ser feliz a fazer boas acções fortalece as células do sistema imunitário



Cientistas norte-americanos descobriram que diferentes tipos de felicidade podem ter efeitos surpreendentemente contrários nos nossos genes. A investigação – que durou 10 anos – apurou que as pessoas que são felizes a ajudar os outros têm anticorpos fortes, enquanto as pessoas preocupadas apenas com a sua auto-satisfação podem sofrer de fraca defesa corporal.

O estudo é o primeiro a examinar a forma como a psicologia positiva afecta a expressão do gene humano. Ficou então provado que as pessoas mais altruístas revelam perfis de expressão genética favoráveis nas células do seu sistema imunitário.

Os indivíduos altruístas analisados no estudo tinham baixos níveis de genes inflamatórios e fortes anticorpos e genes antivirais. Os indivíduos com altos níveis de felicidade derivada do consumismo e da auto-satisfação revelaram o contrário – genes com alta inflamação e fracos anticorpos e genes antivirais.

Os cientistas analisaram a forma como o genoma humano reage ao medo, ao stress, à angústia e a outros estados mentais negativos, mas focados na resposta dos genes à psicologia positiva. Foram analisadas as implicações biológicas dos dois tipos de bem-estar através de cerca de 21 mil genes.

Para isso, foram extraídas amostras de sangue de 80 adultos saudáveis que foram então avaliados em termos do bem-estar próprio e do bem-estar do outro, bem como de factores psicológicos e comportamentais negativos.

A equipa usou o perfil de expressão genética para mapear os efeitos biológicos dos dois tipos de bem-estar e felicidade. No final, perceberam que as pessoas que baseiam a sua felicidade na relação em prol do outro apresentaram perfis de expressão genética favoráveis nas células do sistema imunitário e que as pessoas felizes com a auto-satisfação mostraram perfis de expressão genética adversos.

Umas e outras pessoas não sentem diferenças corporais – não se sentem melhor ou pior do que as outras. Embora ambos os estados emocionais sejam igualmente positivos, os seus genes é que respondem de forma muito diferente.

Parece que o genoma humano é afinal muito mais sensível às diferentes formas de alcançar a felicidade do que são as mentes conscientes.





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