Sobreiro nomeado Árvore Nacional de Portugal



Desde ontem que o sobreiro é a Árvore Nacional de Portugal, depois de um projecto de resolução ter sido aprovado, por unanimidade, na Assembleia da República. “A partir de agora, abater um sobreiro não será apenas abater uma árvore protegida, mas sim, um símbolo nacional”, explicou ao jornal Público o deputado Miguel Freitas, relator do projecto.

O processo de transformar o sobreiro na árvore portuguesa por excelência arrancou em Outubro de 2010, através de uma petição pública lançada pelas associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza. Um ano e dois meses – e 2291 assinaturas – depois, o sobreiro é a Árvore Nacional de Portugal.

Apesar de ser uma espécie protegida, desde 2011, pela legislação portuguesa, há cada vez menos sobreiros em território português, sobretudo devido às práticas erradas – mobilização de solo que danificam as raízes, doenças ou a combinação das duas situações.

Paralelamente, acusa Miguel Rodrigues, a associação Árvores de Portugal, a lei que protege o sobreiro “está constantemente a criar situações de excepção para empreendimentos que permitem o abate das árvores”.

O próximo passo será a criação de um logótipo simbólico e, mais tarde, a criação de uma plataforma de trabalho que abranja tudo o que tem a ver com o sobreiro – desde associações a câmaras, universidades, indústrias e o próprio Estado.

O sobreiro existe há mais de 60 milhões de ano e ocupa uma área de cerca de 737 mil hectares – Portugal tem 3,45 milhões de hectares de floresta. Hoje, o sobreiro é responsável por 10% das exportações nacionais, sendo a cortiça um dos mais importantes produtos da economia portuguesa.





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