Start up portuguesa investe em drones que ajudam na produção agrícola e combate a incêndios



Fundada há meses, a start up portuguesa SkyEye pode ajudar na produção agrícola e controlo do território – combate aos incêndios, gestão de tráfego ou fronteiras e inspecção de edifícios e infra-estruturas.

Como? A empresa é especialista na recolha de imagens aéreas utilizando aeronaves telecomandadas – ou drones – ajudando a gastar menos tempo e menos dinheiro do que um helicóptero convencional ou grua com câmaras. Esta é, também, uma solução mais sustentável que as tradicionais.

A SkyEye foi fundada por David Mota, de apenas 24 anos, e dispõe inclusive de um drone com capacidade de live-streaming em Full HD.

Com um investimento incial de €150 mil, maioritariamente financiado pela eggNest, a SkyEye tem três drones e uma colecção de câmaras com qualidade de imagem hollywoodesca. A tecnologia garante a sua transmissão em tempo rela.

“O serviço da SkyEye inclui ainda as equipas técnicas que operam os drones e as câmaras”, avança a start up.

Para já, porém, o raio de acção da empresa centra-se no sector do entretenimento e comunicação, colaborando em filmes, anúncios e reportagens. A gestão territorial ficará para uma segunda fase de implementação da empresa.

“A recolha de fotografias e vídeos aéreos a partir plataformas estáveis e em vôo já é possível há muito tempo, mas a nossa aposta é sobretudo na qualidade e flexibidade do serviço: o facto de sermos nós a operar os drones traz uma grande simplicidade logística e financeira ao cliente”, avança David Mota.

A origem da SkyEye remonta ao início de 2012. Primeiro, a empresa apostou em tecnologia portuguesa para lançar o projecto do “olho no céu”, mas esta revelou-se prematura. Seis meses passados e vários drones despenhados depois, David Mota tinha três cenários: esperar que a tecnologia portuguesa se consolidasse; incorporar tecnologia de outros países ou esquecer o projecto SkyEye.

“Fui atraído pelo facto de se tratar de uma tecnologia disruptora com um âmbito de aplicação muito extenso e pelos argumentos óbvios a favor da sua utilização: poupa tempo e dinheiro e permite fazer muito mais coisas”, explica o gestor

Assim, foram encomendadas componentes tecnológicas de diferentes países, que seriam integradas pelos técnicos da SkyEye. Chegaram durante o Inverno e David Mota concentrou-se, então, em ultrapassar problemas técnicos e formar equipas, para que a SkyEye estivesse 100% operacional.

Em 2014, a SkyEye quer crescer em Portugal, mas já pensa em dar os primeiros passos nos mercados de Brasil, Angola e Moçambique. Após 2014, o Norte de África e o Médio Oriente também estão no plano de negócios.

Para além da publicidade e comunicação, que estabilizam o projecto, a SkyEye prepara-se para desenvolver projectos nas áreas da engenharia, construção, segurança, prevenção, ciência e investigação.





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