Tecnologia ao serviço do Planeta: um dia na vida do “Duarte”



Quando tentamos associar a constante evolução da tecnologia à sustentabilidade ou à proteção do Planeta nem sempre a resposta é óbvia.

O mais certo é pensarmos nas pilhas de equipamentos obsoletos, na difícil separação e reciclagem, assim como no consumismo desenfreado que completa, ou inicia, esta cadeia. Contudo, há inúmeras tecnologias que têm ajudado o nosso mundo das mais variadas formas, sendo que muitas delas são utilizadas por nós diariamente, sem pensar que, além de serem úteis, também contribuem para um Planeta mais sustentável. Para colocarmos esta questão mais prática, vamos simular um dia normal do “Duarte”, um cidadão que trabalha e vive na cidade. Pela manhã o Duarte sai de casa para ir trabalhar e utiliza o seu carro. Infelizmente, o Duarte ainda não trocou o seu veículo por um elétrico, se o tivesse feito evitava por completo a emissão de gases para a atmosfera.

Como utiliza um automóvel movido a combustíveis fosseis, não consegue evitar por completo a sua pegada carbónica. Porém, e para evitar o trânsito, o Duarte utiliza o GPS, uma tecnologia inicialmente desenvolvida para seguir o rasto a submarinos, que o ajuda a reduzir a emissão de gases para a atmosfera. Como? Utilizando a rota mais eficaz, evitando congestionamentos e reduzindo o tempo de viagem. Ao chegar ao escritório, o Duarte lembra-se que tem uma reunião em outro local.

Antes de sair, termina um relatório e, em vez de o imprimir, leva-o em suporte digital, poupando assim umas boas dezenas de folhas de papel, contribuindo para a redução da desflorestação. Como o local da reunião é perto, o Duarte utiliza um serviço de transportes partilhados. Sendo um cidadão consciente pede um veículo elétrico com zero emissões. Durante a sua curta viagem aproveita e faz uma videochamada para um cliente no estrangeiro.

O pequeno, mas poderoso, smartphone que tem no bolso vai resolver uma situação que se podia traduzir numa viagem de avião, estadias e mais deslocações. O Planeta agradece mais uma vez. De volta ao escritório, apetece ao Duarte utilizar uma trotinete, felizmente existem diversas espalhadas pela cidade e, através de uma app, ativa uma delas e regressa rapidamente sem contribuir – mais uma vez – para a pegada carbónica. No decorrer do seu dia este cidadão envia diversos e-mails, faz telefonemas, videochamadas, lê notícias e organiza documentos. Tudo isto utilizando apenas o seu pequeno portátil e o seu telemóvel, evitando plástico, papel e deslocações. Antes de regressar ao lar, o Duarte lembra-se de ativar, remotamente, o aquecimento da sua casa, de forma a ter um ambiente confortável quando chegar.

Se não tivesse esta opção, fruto do desenvolvimento da domótica, provavelmente teria de aquecer abruptamente a casa gastando o triplo da energia. Ao final do dia, cansado, o Duarte adormece no sofá. Felizmente a sua televisão tem temporizador e desliga-se automaticamente, evitando um consumo energético desnecessário. Neste dia, o Duarte ajudou o Planeta de inúmeras formas quase sem se aperceber.

Conseguiria fazê-lo sem a ajuda da tecnologia?





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