Ter formação musical na adolescência estimula a linguagem e a audição



Ter formação musical durante a adolescência estimula as regiões do cérebro associadas à audição e à linguagem. É o que revela o novo estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences e citado pelo agregador O Meu Bem Estar, com base numa notícia da Veja.

Até há poucos anos acreditava-se que o cérebro era influenciado pela música apenas durante a infância – entre os 3 e os 10 anos -, ou seja, dificilmente a música surtiria grandes efeitos depois dessa fase da vida.

Para perceberem se a música influenciava outras fases da vida, os investigadores da Universidade Northwestern avaliaram um grupo de 40 adolescentes norte-americanos do ensino médio, ao longo de três anos. Metade da turma estava envolvida em actividades escolares musicais – tocavam diversos instrumentos musicais entre duas a três horas por semana. A outra metade participava em actividades físicas em vez de música.

Os investigadores utilizaram eléctrodos para analisar o cérebro dos adolescentes e concluíram que o cérebro dos alunos que tinham formação de música sofreu uma maturação mais veloz nas regiões associadas a audição, o que significa que os alunos tornaram-se mais sensíveis a detalhes sonoros. Estes jovens também melhoraram a sua comunicação. Os benefícios cerebrais não foram observados no grupo da actividade física. “Esses resultados mostram a importância de submeter os adolescentes a estímulos musicais”, diz Nina Kraus, autora do estudo.

Foto: Camera Eye Photography / Creative Commons





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