Tiragem da cortiça em Coruche é agora Património Cultural Imaterial



A Tiragem da cortiça no concelho de Coruche foi reconhecida como “Património Imaterial” estando agora inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

No despacho publicado no Diário da República a 29 de novembro, destaca-se a importância desta “manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade e a articulação com as exigências de desenvolvimento sustentável e de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos”.

A candidatura foi apresentada pela Câmara Municipal de Coruche em 2018, no domínio das competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais em atividades extrativas. Para o Município, esta validação “é um passo importante desta arte para o reconhecimento, valorização e preservação da atividade”.

A tiragem da cortiça ou descortiçamento é definida como uma operação que permite a extração da cortiça do sobreiro, devendo haver uma especialização da parte do tirador para que a retirada da cortiça acompanhe o ciclo de crescimento do sobreiro sem lhe retirar a sua vitalidade, ou seja sem ferir o sobreiro. Trata-se de uma atividade sazonal, que decorre entre os meses de maio e agosto.

P sobreiro é capaz de produzir uma nova camada de casca com idêntica espessura a cada 9 anos, período após o qual é submetido a um novo descortiçamento. A idade média produtiva do sobreiro será 200 anos, sendo sujeito neste período a cerca de 15 descortiçamentos. No entanto, os exemplares mais velhos conhecidos têm mais de 500 anos.





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