Tornar a solidariedade mais “acessível”? Só no metro!



Em Portugal, um quarto da população faz donativos a instituições e causas de solidariedade, de acordo com um estudo da GfK. O cenário é bom, mas poderia ser melhor, até porque se sabe que as pessoas doariam mais dinheiro se a operação fosse mais simples. Dois estudantes britânicos pegaram nessa ideia e criaram o metro solidário, uma forma de angariar fundos de uma forma prática para o cidadão.

Num mundo ideal, angariar verbas para fins beneficentes seria simples, mas a verdade é que quem promove este tipo de causas enfrente muitos obstáculos. Helen Parry e Stuart Kench, da Universidade de Kingston, desenvolveram o “Donate at The Gate”, que transforma algumas das portas que dão acesso às plataformas do metropolitano em autênticos mealheiros. As barreiras recolheriam uma pequena percentagem do valor do bilhete de viagem para apoiar as mais variadas causas. As barreiras que servissem para donativos estariam perfeitamente identificadas, sendo que apenas as pessoas que quisessem ser solidárias é que acederiam às plataformas através delas. Barreiras normais estariam sempre disponíveis.

O sistema foi desenhado para o Reino Unido, onde se sabe que as pessoas doariam mais de 2,2 milhões de euros se houvesse uma forma de donativo prática. Segundo os estudantes, com o “Donate at The Gate”, se apenas 10% dos utentes do metro aceitassem fazer o donativo, “seria possível angariar cerca de 1,3 milhões de euros”. Será que o sistema passará do papel à prática?





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