Tribunais contra Trump também no ambiente



Os tribunais são, neste momento, um dos palcos mais importantes na guerra contra o aquecimento global. Na passada segunda-feira, 3 de Julho, travou-se mais uma batalha e com desfecho vitorioso. A actual administração pretendia simplesmente anular as restrições às emissões de metano em novos poços de petróleo ou gás, mas o Tribunal de Apelo do distrito da Columbia, Washington DC, decidiu contrariamente. Alega o tribunal que se a administração quer aprovar novas leis, então que cumpra o processo legislativo. Até lá, as regras anteriores permanecem em vigor.  

Estranhamente, a medida para reverter as restrições partiu da própria Environmental Protection Agency (EPA), a Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos. Mas, infelizmente, desde a chegada de Scott Pruitt à administração, a agência está claramente a agir contra os seus estatutos. Pruitt, homem de confiança de Trump, foi escolhido a dedo para chefiar a EPA. Se não vejamos: no currículo trazia 13 acções movidas contra a EPA, durante o seu mandato enquanto procurador-geral do estado do Oklahoma (chegando mesmo a designar-se como “o principal defensor contra a EPA”). Também não acredita, obviamente, no papel humano no aquecimento global, e uma das suas primeira medidas à frente da EPA foi reduzir o staff, com especial atenção aos cientistas, como se viu na sua decisão de não renovar nenhum dos contratos dos cientistas que faziam parte do conselho científico da agência.

Provavelmente, os tribunais não se oporão se decidir acrescentar um A ao nome da agência:  EPAA, de Anti-Ambiente.





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