Tribunais russos libertam doze dos trinta activistas da Greenpeace sob caução
Os tribunais de São Petersburgo libertaram entre esta segunda e terça-feira doze dos 30 membros do grupo que ficou conhecido por Arctic 30. Os doze detidos foram libertados mediante o pagamento de uma caução de €45.300 (R$139.900).
Recorde-se que este grupo, composto por 28 activistas da Greenpeace e dois jornalistas freelance, foram detidos em Setembro, na sequência de um protesto em mar aberto contra a exploração de petróleo no Árctico.
Inicialmente, os 28 activistas e os dois jornalistas, de 18 países, foram acusados de pirataria, o que na Rússia pode levar até 15 anos de prisão. Posteriormente, a acusação foi reduzida para vandalismo, o que acarreta uma pena máxima de sete anos de prisão.
Veja o perfil de todos os activistas.
Esta segunda-feira, três activistas russos foram libertados, mediante a caução, mas os tribunais determinaram que um ambientalista australiano ficasse em prisão preventiva até ao julgamento, agendado para 24 de Fevereiro. Esta terça-feira foram já libertados mais nove membros também mediante o pagamento de uma fiança, refere a Greenpeace. Para esta quarta-feira estão agendados mais pedidos de libertação, nomeadamente o de dois britânicos.
A Greenpeace indicou já, refere o The Guardian, que vai pagar as fianças imediatamente. Os activistas deverão ser libertados quando a transferência do dinheiro estiver concluída, possivelmente no final da semana.
Segundo a porta-voz da Greenpeace, Violetta Ryabko, a organização recolheu fundos suficientes para pedir aos tribunais a libertação de todos os activistas.
Apesar de terem sido libertados, as acusações contra os activistas não foram retiradas. A Rússia tem até domingo para prolongar a detenção dos activistas, uma vez que nesse dia expira a ordem de prisão preventiva decretada em Setembro, pelo tribunal do porto de Murmansk, onde os membros da Greenpeace estiveram detidos até 12 de Novembro, quando foram transferidos para São Petersburgo.