Uma em cada cinco espécies de répteis estão em risco de extinção
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e a NatureServe desenvolveram um estudo sobre o risco de extinção dos répteis da Lista Vermelha. A equipa internacional contou com cientistas dos seis continentes, tendo sido analisadas mais de 10.000 espécies de répteis.
Os resultados indicam que 1.829 espécies, ou seja, 21,1% de todas as espécies de répteis do mundo, se encontram ameaçadas de extinção. Os répteis que habitam nas florestas são os que se encontram em maior risco (30%), estando em menor perigo os que vivem em habitats áridos (14%). A extinção deste número de espécies seria o equivalente a perder 15,6 mil milhões de anos de história evolutiva.
Nos últimos 500 anos, já foram extintas 31 espécies, 24 répteis escamados e 7 tartarugas – sendo que 2 espécies de répteis escamados da Ilha Christmas foram categorizadas como extintas na natureza.
De acordo com os investigadores, as medidas de conservação desenvolvidas para proteger outros animais podem ter beneficiado os répteis. “Os extensos esforços para proteger animais mais conhecidos provavelmente também contribuíram para proteger muitos répteis”, refere o autor Bruce Young, cientista da NatureServe.
As principais ameaças existentes são o desenvolvimento urbano, a indústria madeireira e a expansão agrícola.
Como defende Neil Cox, que coordena a Unidade de Avaliação de Biodiversidade da IUCN “Os resultados da Avaliação Global de Répteis sinalizam a necessidade de aumentar os esforços globais para os conservar. Como os répteis são tão diversos, eles enfrentam uma ampla gama de ameaças numa variedade de habitats. É necessário um plano de ação multifacetado para proteger estas espécies, como toda a história evolutiva que elas representam.”