Uma lâmpada que gera mais energia do que consome



E se uma simples lâmpada pudesse gerar o dobro da energia do que consome, o que significaria isso para o futuro da energia e da humanidade? De acordo com cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que estão a explorar esta ideia, isto poderia levar a humanidade a dispensar o petróleo, por exemplo.

Poderia, mas não vai. A história é simples: o dispositivo criado pelos cientistas baseia-se num díodo emissor de luz (LED) que transforma a corrente eléctrica (electrões) em partículas de luz (fotões). O LED recebe 30 picowatts de electricidade e devolve cerca de 70 picowatts, em forma de luz.

A electricidade alimenta os circuitos de LED, que produzem a luz, mas também faz o dispositivo vibrar e resfriar, libertando o calor – o que gera mais fotões. No final do processo… voilá, temos mais energia do que quando começámos.

Os problemas começam agora. Um picowatt é ridiculamente pouco. Seriam precisos 600 triliões de unidades deste LED alterado para gerar electricidade suficiente para ligar um pequeno electrodoméstico.

E mesmo que, algum dia, alguém o fizesse, teria outro problema: o espaço para colocar os LEDs, que ocupariam um tamanho enorme e a energia gerada acabaria por se dissipar pelos triliões de microcircuitos envolvidos.

Voltamos à estaca zero, portanto. “É uma descoberta básica para a ciência”, comentou o investigador Rajeev Ram, do MIT. Ou seja, é interessante para os físicos mas, para já, não para os consumidores.





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